Quantas vezes olhaste por este vidro? A mesma névoa. Os mesmos reflexos. Um velho de barba grisalha, vista cansada, pouco cabelo, memória farta. Farta falta. Um velho sóbrio em constante perda. Memória. Lá fora, as paisagens são quadros já vistos, revistos e esquecidos. Inconstantes equívocos. Fios alvos, de todas as cores a do tempo é branca. Tempo que desbota os seus reflexos, a sua face. Tempo que desbota as suas lembranças. O velho por de trás do vidro tentava, em vão, subverter tal alvura. Subvertia, esquecia. E assim, o tempo jazia as cores daquele velho sonhador.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
O velho e a névoa
Quantas vezes olhaste por este vidro? A mesma névoa. Os mesmos reflexos. Um velho de barba grisalha, vista cansada, pouco cabelo, memória farta. Farta falta. Um velho sóbrio em constante perda. Memória. Lá fora, as paisagens são quadros já vistos, revistos e esquecidos. Inconstantes equívocos. Fios alvos, de todas as cores a do tempo é branca. Tempo que desbota os seus reflexos, a sua face. Tempo que desbota as suas lembranças. O velho por de trás do vidro tentava, em vão, subverter tal alvura. Subvertia, esquecia. E assim, o tempo jazia as cores daquele velho sonhador.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Balão de cores.
O garoto no leito do hospital pronto para ser desvanecido:
- Pai, morrer deve ser que nem viajar de balão sozinho por aí.
O homem sem reação:
- É...
- e viver o que é meu filho? - retruca.
- Viver é viajar de balão só que acompanhado.
- Pai, morrer deve ser que nem viajar de balão sozinho por aí.
O homem sem reação:
- É...
- e viver o que é meu filho? - retruca.
- Viver é viajar de balão só que acompanhado.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Um quase poema de uma quase vida.
Por trás faz,
Por frente mente,
Por paz faz
gentilmente.
Por terra a guerra,
Por gente mente,
Na paz faz-se
convincente.
Por paz jaz,
Por trás por frente,
o que no céu rasga
é bala cadente.
Assinar:
Postagens (Atom)